A Solidão é uma Arte.

A Solidão é uma Arte.
"Creio que o maior antídoto para a solidão seja exatamente isso: autoconhecimento."

domingo, 16 de março de 2014

Dois caminhos.


Só existem dois caminhos: Voltar ou Permanecer aqui.

A vida perde o frescor, a vibração quando ficamos presos nos velhos padrões de pensamento, emoções, sentimentos do passado ou ficamos alimentando expectativas pelo futuro. Para aprender a viver o momento presente é importante perceber o que estamos pensando. É essencial este autoconhecimento: detectar como são nossos pensamentos para dissolver os padrões errôneos. Precisamos começar a observar nossa mente, ser a testemunha de nossos sentimentos.

Toda a negatividade é causada pela negação do presente. A ansiedade, o estresse, a reocupação, todos os tipos de medo são causados por pensar em excesso no futuro e por não estar presente. Os sentimentos de culpa, tristeza, arrependimento, amargura, incapacidade de perdoar são causadas pelo excesso de passado e pouca presença. Assim quando perceber que está muito ansioso, preocupado, com estresse, com medos, observe seus pensamentos ligados ao futuro, corte-os na raiz e substitua-os por pensamentos do momento presente. Procure se focar no que está fazendo, com a mente mais concentrada e tranquila.

Todas as transformações que podemos fazer para melhorar nosso futuro estão no aqui e no agora. O presente tem o poder de nos libertar da preocupação com nossos problemas. O único lugar, onde pode ocorrer a verdadeira mudança, onde podemos dissolver o passado e ficarmos livres da ansiedade do futuro, é no agora. O agora, o momento presente tem muito poder. Podemos ser felizes agora, e não em um futuro longínquo e ou em um passado ilusório.

“Você não pode ser feliz no passado. Você não pode se libertar no futuro. O poder está no agora. A chave para alcançar suas metas, realizar seus desejos, ser mais livre e autoconfiante é estar no presente.”

Achamos que nosso sofrimento e nossos problemas dependem apenas dos acontecimentos ou das pessoas. E, muitas vezes isso é verdade, mas apesar de tudo que nos acontece, podemos ser mais felizes se soubermos como lidar com a disfunção básica da mente: o apego ao passado e ao futuro; e a negação do momento presente.

Não podemos mudar muitas coisas no momento presente, pois as causas estão no passado que não existe mais, mas podemos mudar nossa atitude. Isto faz toda a diferença. Podemos mudar o como pensamos, sentimos, aceitamos, falamos e fazemos. Desta maneira, estaremos mudando os efeitos de nossa colheita, diminuindo nosso carma, superando e transcendendo nossas dores. Não possuímos nada neste mundo, nem ninguém. Nem nosso corpo, nem posses. Somente possuímos o tempo presente e, senão estamos vivendo o agora, não possuímos nada.

Se mergulharmos profundamente no momento presente, respondendo a desafios e acreditando que as atuais circunstâncias em que nos encontramos são exatamente as necessárias para avançarmos pelos caminhos da vida, toda ela pode tornar-se extraordinária e ser celebrada em cada novo dia que começa como uma oportunidade de renascimento. Não ficamos, então, presos ao passado nem àquilo que já fomos. Questionamos, examinamos, exploramos, avaliamos. Mudamos de ideias. Descobrimos novas realidades. Empenhamo-nos. Recomeçamos continuamente. 

Em vez de passar a vida preocupados com o que os outros acham de nós, se nos aprovam ou desaprovam ou em corresponder-lhes às expectativas, somos levados a ouvi-los e compreendê-los. E a ver que, tal como nós, qualquer deles tem as suas limitações. Mas é também habitado pelo ilimitado. 

Cada um tem o seu caminho a percorrer, nesta vida que é uma viagem que não acaba mesmo quando a nossa caminhada chega ao seu termo. Conscientes de que nenhum instante da nossa vida se repetirá – nunca teremos uma nova oportunidade para viver o atual momento -, encaramos a realidade do fim, do nunca mais.

Pare de pensar sobre o seu desempenho. Pare de se preocupar com o futuro, foque no presente. Se você quer ter um futuro no seu relacionamento, habite o presente (respire). Para aproveitar ao máximo o tempo, perca a noção dele. Se algo está lhe incomodando, mova-se em direção a ele e não para longe dele. Saiba que você não sabe.

E se procurarem saber por que é que todas as imaginações humanas, frescas ou murchas, tristes ou alegres, se voltam para o passado, curiosas de nele penetrarem, acharão sem dúvida que o passado é o nosso único passeio e o único lugar onde possamos escapar dos nossos aborrecimentos quotidianos, das nossas misérias, de nós mesmos. O presente é turvo e árido, o futuro está oculto.

A vida é aprender que não se pode esperar o amanhã, pois o amanhã simplesmente é um mistério. Viver o presente é ser sábio e, viver do passado e do amanhã é acreditar em ilusões concretas.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Lampejo de saudade.


 “A saudade é a maior prova de que o passado valeu a pena.”

Até que ponto vale a pena sentir saudade do passado? Subjetivo.

É bom sentir saudade, pois cada segundo dela vivido nos mostra que tudo vale a pena quando é verdadeiramente verdadeiro. E quando sentimos falta é porque foi bom. Concorda?

Um pequeno lampejo de saudade rebuscada nos arquivos da mente e todo corpo fica enfeitiçado da mesma. É perda de tempo tentar esquecer. Que sentir saudade não significa que você melhorou como pessoa, que agora magistralmente seu temperamento é compatível e o correto seria viver aquilo tudo de novo, do êxtase à dor. Significa apenas que foi bom, que foi inesquecível. E que qualquer amor que força as cordas vocais a produzirem um eu te amo não tem fim, mesmo acabando sempre do mesmo jeito, dividido por dois.

Será que vale a pena ficar minutos, horas, dias, meses, pensando o que o outro está sentindo, pensando e fazendo? Por que sentimos tanta dificuldade em voltar o foco apenas para nossa própria vida? Será que ficamos tristes e decepcionados por estar longe de quem amamos ou será que é por tudo que deixaram de fazer e nos fizeram sentir? Contraditório, não? Pois se durante um relacionamento sofremos por algumas atitudes ou pela falta de outras, como podemos sentir falta do que nos fez sofrer? Creio eu que sofremos mesmo por aquilo que esperávamos receber e não recebemos, pelas expectativas que criamos ao longo da vida. Sofremos na verdade não por estar sem a presença daquela pessoa, mas sim por não realizarmos o que tanto esperávamos junto dessa pessoa. Mas não podemos querer sozinho o que pode e deve ser feito a dois.

A realidade é muito triste. As pessoas gostam do sentimento de saber que alguém corre por elas. As pessoas gostam de saber que tem o domínio sobre outra pessoa. As pessoas fingem precisar de quem não precisam, pelo simples fato de quererem se sentir amadas. As pessoas apaixonam umas as outras, sem a intenção de estar junto. As pessoas gostam dos finais, e fazem de tudo pra jogar a culpa do outro lado. A maioria não ama, faz amar. E nunca são o que se dizem ser. Dói-me compreender isso, mesmo lutando por um objetivo onde minha meta é traçar o oposto do que essa realidade aterrorizante nos passa. É crer que ainda há esperança dentro disso tudo. Que tudo pode ser diferente. Que tudo possa ser sincero e verdadeiro a ponto de transformar essa dura realidade negativa em algo positivo e nos torne mais humanos.

“Ontem sonhei contigo e passei todo o dia a desenhar o teu rosto na paisagem e até no asfalto quente em que freei distraído diante dos teus olhos: uma miragem do sol ou dos meus desejos. Não foi teu sorriso que eu vi no retrovisor nem tua era a mão do vento que afagou os meus cabelos tristonhos. Foi só um lampejo de saudade que te trouxe a mim como um presente.”

É uma pena. Merecíamos muito dividir a nossa dor. Quem sabe daí, não brotaria um novo amor. Não foi por desespero não foi por solidão. Eu realmente quis conhecer melhor o teu coração. Mas, mais uma vez a vida, me negou a oportunidade de ser feliz. É uma pena você ter ido por um caminho. É uma pena eu não ter te seguido. Pois saiba que se você tivesse aberto seus braços para mim, tenho certeza que era neles que eu hoje repousava e me acalentava. É estranho sentir saudade do que a gente não conseguiu viver. Optar pelo óbvio ou pelo mais fácil nem sempre traz felicidade. Escolhas.

"Dê valor as pessoas enquanto elas estão por perto. Saudade não será motivo suficiente para que elas voltem."