A Solidão é uma Arte.

A Solidão é uma Arte.
"Creio que o maior antídoto para a solidão seja exatamente isso: autoconhecimento."

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Nos subúrbios, eu vivi.



Vivemos em um mundo que desaparece à medida em que a vida se torna cada vez mais apressada. Num contexto em que as pessoas tem múltiplas personalidades e vivem num mundo fragmentado, apressado, esse texto tem interesse em falar de coisas que se perdem nessas mudanças contemporâneas, de consumismo desenfreado.

Não se trata de conservadorismo, nem nostalgia. Na história é contada a forma como os subúrbios vão desaparecendo aos poucos, junto com as motivações. São muitas cenas lúdicas que remetem a um passado onde tudo parecia correr num tempo diferente; cenas de tribos urbanas descendo a rua, casais esperando o tempo passar e tantas outras relações que no passado eram perfeitamente vivíveis.

Vemos bairros como uma idealização de um passado mais tranquilo, de quando as pessoas tinham tempo para perder/aproveitar uma com as outras. O interessante não é bem o enredo em si: as mutações da puberdade e a corrosão de uma amizade que parecia ser longeva ganha uma intensidade que impressiona.

A trajetória consegue misturar uma vertente mais acelerada e eufórica com uma mais introspectiva e intimista. Aborda a melancolia de quem tem uma vida perfeita na teoria (caso de quem mora nos subúrbios), mas mesmo assim é infeliz.

Com a evolução da história, é visto uma plateia mais sombria e termina com a fúria revelada e escondida por trás dos jovens. Romances inocentes, o dia a dia desses jovens e os conflitos e problemas que passamos ou podemos passar. há uma combinação de dois tipos de opiniões de pessoas que vivem em subúrbios tem: o tédio e o escárnio.

"Nada que realmente está acontecendo, nada chocante nunca vai acontecer, você sabe que vai ter que passar, eventualmente, mas ainda é simplesmente encantador para ficar aqui por um bocado."

Quem viveu, viveu. É um passado que retorna apenas nas lembranças.

domingo, 7 de agosto de 2016

Notas sobre Mau humor


Talvez eu seja do tipo que não consegue conviver nem com o próprio mau humor, avalie com o mau humor dos outros, não importa o motivo. Não sei se é porque meu passo já é repleto de infelicidades que me fazem não admitir de maneira alguma presenciar ou sentir um mau humor. O que me deixa realmente infeliz é a postura diferente que o próximo assume ao estar de mau humor, o que não lhe dá o direito de tratar mal ou ser diferente com quem não tem nada a ver com isso. Suportar essas coisas as vezes cansa.

Não existe situação mais desagradável do que você conversar com alguém e esta pessoa lhe tratar mal porque não está no seu melhor humor. Mesmo para mostrar ao outro que você não está nos seus melhores dias você tem que fazê-lo com delicadeza. Ninguém é obrigado a adivinhar que algo lhe aconteceu e que isto alterou seu humor. É claro que todos nós temos dias maus humorados, mas há pessoas que fazem disso um hábito se tornando desagradável conviver com elas. Quem dificilmente fica de mau humor, quando está, prefere ficar quieto e sozinho. Quem tem mau humor esporádico, detesta viver esta situação.

Cabe uma pequena reflexão: Quando conhecemos nossos sentimentos e o impacto que cada situação tem sobre nós, sobre nossa forma de pensar e agir torna-se muito mais fácil, controlar emoções desagradáveis como à angustia, à raiva e o mau humor. A felicidade não depende do que acontece ao nosso redor e sim do que acontece dentro de nós. A felicidade se mede pelo espírito com o qual nós enfrentamos os problemas da vida. Portanto, independente do problema, seja ela interno ou externo, mesmo que aconteça uma única vez em tempos, mesmo que motivo seja pífio, mesmo que seu orgulho seja enorme, é preciso ter cuidado com seu mau humor, pois o maior prejudicado poderá ser você mesmo.

Lembre-se que o bom humor é um dos mais visíveis sinônimos de inteligência.

terça-feira, 7 de junho de 2016

As vezes sinto ..


"Verdade seja dita, você não pode se repreender de ter uma versão melhor de si mesma. E mesmo que tentemos ser, muitas vezes ainda acabamos virando vítimas do nosso próprio pensamento negativo. Somos rudes conosco, nos enchemos de expectativa sobre tudo, e quando nos decepcionamos ao invés de tratar isso como uma maneira de aprendizagem, nos depreciamos e ficamos cada vez mais remoendo isso."

Desculpa. Desculpa por não ser o suficiente. As vezes sinto que não sou o quanto você gostaria que eu fosse. Mas saiba que és o motivo por eu estar de pé todos dias. Imagine que a vida é uma pirâmide. Toda pirâmide tem sua base e sem a base, a pirâmide cai. Pronto, é assim que eu me sinto. Por mais que eu acredite numa certeza de que a pirâmide cuja a base é você está sólida, as vezes sinto como se a base estivesse por centímetros de sair. Não é ruim viver por um fio. Até dá gosto de viver cada dia como se fosse o último. Mas, as vezes sinto um desespero .. algo como um lugar escuro onde não exista luz. É uma sensação horrível que domina meu pensamento e me entristece de uma maneira muito cruel.

As vezes sinto que não há necessidade de pensar sobre ou discorrer algo a respeito. Mas, é inevitável se pegar diversas vezes nessa situação. Quando me dou conta, já estou mergulhado nessa sensação. Por alguns instantes agonizo até que a sensação vai indo embora. É como um caminho sem volta onde você só pode seguir em frente, mas tem algo que quer te dominar e te fazer perder o sentido de seguir. O fato é que não se deve temer tal problema. Não se deve deixar que se torne um problema. Verdade seja dita, nunca deixei que virasse um problema. Na verdade nem sei bem o porque de está escrevendo tudo isso. Acho que é porque hoje me senti como nunca havia me sentido antes. 

Parar de sentir não é a solução. Sentir-se seguro, sim. Não que exista insegurança. Sei que parece contraditório, mas acho que tudo depende do diálogo. As vezes sinto que tudo pode mudar a qualquer momento por uma simples conversa. Não sei se estou preparado pra alguma grande mudança. Talvez a única certeza que eu tenha é a de recomeçar, como sempre fiz. No entanto, acredito que tudo está bem como sempre esteve e que nada de ruim acontecerá. Deus sabe o quanto tenho trabalhado minhas emoções. O que eu posso fazer é continuar acreditando em tudo o que tenho ouvido, recíproco ou não; em tudo o que tenho sentido e em tudo o que tem acontecido de positivo. 

As vezes sinto que o melhor estar por vir. Que a perseverança e a confiança são os melhores sentimentos do mundo. Que o amor é o que sustenta todos os outros sentimentos capazes de gerar mudanças positivas numa relação. É, as vezes tenho que acreditar que deixei todo o passado pra trás e que sou capaz, sim, de encarar as coisas com uma maior capacidade de futuro, onde eu não precise temer um presente infeliz e confiar que o meu "trabalho" está sendo muito bem feito. O passado nunca mais voltará!

Desculpa. Desculpa por ser esse poço de sentimentos explícitos. 
Eu só tento ser o melhor pra você.


Paulo Matheus.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Duas horas, o amor.


Muito se fala sobre o surgimento do amor. Quando nosso coração é tocado pela felicidade, uma, duas ou mais vezes. Quando nos sentimos profundamente envolvidos com um sentimento inexplicável, que dá a nossa mente um motivo especial para pensar e ao nosso coração uma razão a mais para viver. Mas pouco se fala sobre o ressurgimento do amor, que é bem mais delicado e complexo de viver. As pessoas tem medo de acreditar, tem receio de se deixar levar por um "velho novo" conhecido. O ressurgir daquele que representa ser o maior de todos os sentimentos, vem após aquilo que o destrói tão devagarzinho, que quando percebemos, pode ser tarde demais: O desamor.

Amar sozinho é o auge da resiliência. É se acostumar com a solidão por achar que a companhia do amor que sente é suficiente. Preferir sentir a frustração da falta de companhia do que a tristeza da partida do amor. Amar sozinho, nada mais é do que o resultado de uma série de frustrações e acontecimentos ruins que petrificaram um coração que um dia foi coberto de amor, quente de paixão e leve como uma eterna felicidade. Amar sozinho é chegar ao fim do poço. É não acreditar que um dia as coisas podem ser diferentes. É conviver com o passado, constantemente. É buscar motivos para reviver e sentir tudo o que um dia seu coração já viveu e sentiu de bom. Tudo em vão.

Então, quando você acredita que não há mais jeito, renuncia ao amor e algo acontece. Você entende que renunciar ao amor é a grande prova de que amar não é uma troca. É um sentimento sincero. É algo que te faz ser espontâneo e surpreendente. É ressurgir nos momentos mais difíceis com coragem para lutar pelo que vale a pena. E quando aquilo que vale a pena está bem diante dos seus olhos ou a alguns centímetros de distância do seu coração, você encontra o amor verdadeiro. Você enxerga muito além do que uma simples oportunidade de reviver o que um dia já viveu. Você enxerga um laço, uma vida. Seu coração pulsa como nunca e faz você decidir que não há outra opção a não ser acreditar em uma possível reciprocidade. Que não vai sair dali sem uma resposta. É algo novo. Não é mais como antes. É como esperar duas horas de conhecimento por um beijo que mudará sua vida. Mais especial que o começo é o recomeço com renascimento do amor, que se torna mais apurado, sensível, simples, único e cada vez mais inquestionável.

Pleno. É assim que você se vê. Cheio de esperança, não por dias melhores, mas sim para por em prática tudo aquilo que você agora sente. O amor já cresce naturalmente com maturidade e simplicidade. O olhar e o sorriso se tornam tradução da verdadeira felicidade, agora por um motivo maior: você!

Paulo Matheus.