A Solidão é uma Arte.

A Solidão é uma Arte.
"Creio que o maior antídoto para a solidão seja exatamente isso: autoconhecimento."

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Nos subúrbios, eu vivi.



Vivemos em um mundo que desaparece à medida em que a vida se torna cada vez mais apressada. Num contexto em que as pessoas tem múltiplas personalidades e vivem num mundo fragmentado, apressado, esse texto tem interesse em falar de coisas que se perdem nessas mudanças contemporâneas, de consumismo desenfreado.

Não se trata de conservadorismo, nem nostalgia. Na história é contada a forma como os subúrbios vão desaparecendo aos poucos, junto com as motivações. São muitas cenas lúdicas que remetem a um passado onde tudo parecia correr num tempo diferente; cenas de tribos urbanas descendo a rua, casais esperando o tempo passar e tantas outras relações que no passado eram perfeitamente vivíveis.

Vemos bairros como uma idealização de um passado mais tranquilo, de quando as pessoas tinham tempo para perder/aproveitar uma com as outras. O interessante não é bem o enredo em si: as mutações da puberdade e a corrosão de uma amizade que parecia ser longeva ganha uma intensidade que impressiona.

A trajetória consegue misturar uma vertente mais acelerada e eufórica com uma mais introspectiva e intimista. Aborda a melancolia de quem tem uma vida perfeita na teoria (caso de quem mora nos subúrbios), mas mesmo assim é infeliz.

Com a evolução da história, é visto uma plateia mais sombria e termina com a fúria revelada e escondida por trás dos jovens. Romances inocentes, o dia a dia desses jovens e os conflitos e problemas que passamos ou podemos passar. há uma combinação de dois tipos de opiniões de pessoas que vivem em subúrbios tem: o tédio e o escárnio.

"Nada que realmente está acontecendo, nada chocante nunca vai acontecer, você sabe que vai ter que passar, eventualmente, mas ainda é simplesmente encantador para ficar aqui por um bocado."

Quem viveu, viveu. É um passado que retorna apenas nas lembranças.